O Ministério da Agricultura confirmou um novo caso de gripe aviária em aves domésticas em Mato Grosso, o que levou à adoção de medidas rigorosas de contenção no domingo 8. As ações incluem erradicação do foco e vigilância num raio de 10 quilômetros ao redor da propriedade afetada.
Entre as providências, estão barreiras sanitárias com fiscalização intensa, desinfecção total de veículos que transitam na região e o abate completo das aves no local. O Serviço Veterinário Oficial interditou o local e coletou amostras para análise laboratorial, que confirmou o foco da doença.
De acordo com o Ministério, não há granjas comerciais na área atingida, portanto o episódio não interfere na exportação, no consumo de produtos avícolas nem no período de vazio sanitário.
“A ocorrência do foco confirmado de IAAP [vírus da influenza aviária de alta patogenicidade] em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros”, afirmou o Ministério da Agricultura. “O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros.”
A alta de casos de gripe aviária no Brasil

O Ministério da Agricultura afirmou que a detecção do vírus em aves de subsistência não muda o protocolo: continua valendo o período de 28 dias de vazio sanitário depois da desinfecção da área em Montenegro (RS), onde foi registrado um foco em um matrizeiro de aves comerciais.
Com este novo caso, o Brasil soma quatro ocorrências da doença em aves domésticas. O primeiro registro de gripe aviária no país foi em aves silvestres, em maio de 2023. Só em 15 de maio de 2025 surgiu o primeiro caso em uma granja comercial, em Montenegro.
Até então, os focos se restringiam a aves silvestres ou de subsistência, sem afetar diretamente a produção comercial. A desinfecção da granja no RS foi concluída em 21 de maio. Se não surgirem novos casos até 18 de junho, o Brasil poderá declarar-se livre da doença.
O ministério reforçou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem ovos e que nunca houve casos em humanos no país. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, embora a maior parte da produção abasteça o mercado interno.
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