O avanço de uma frente fria pode provocar chuva preta sobre o Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 4. Segundo a MetSul, isso acontece devido ao encontro da instabilidade com a pluma de fumaça de queimadas do norte da América do Sul.
A empresa destaca que há uma grande quantidade de fuligem suspensa na atmosfera com uma pluma de fumaça vinda da Bolívia e da Região Amazônica. Essas partículas devem avançar até o Sul do Brasil.
A fumaça já provocou mudanças na cor do céu no território gaúcho durante a terça-feira 3.
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De acordo com a MetSul, a frente fria que avança pelo Rio Grande do Sul nesta quarta-feira deve provocar chuva em quase todo o Estado, especialmente em pontos do oeste e do sul gaúcho.
“Com a enorme quantidade de fumaça presente na atmosfera e a perspectiva entre hoje e amanhã de instabilidade, não se pode afastar a ocorrência de chuva preta com precipitação de fuligem (soot) em diferentes cidades do Rio Grande do Sul”, diz a empresa de meteorologia.
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A previsão também indica a ocorrência do fenômeno em áreas do Paraná e de Santa Catarina, especialmente a partir de quinta-feira 5.
O que é a chuva preta que deve atingir o RS
Soot, ou fuligem, é um material particulado constituído principalmente de carbono, que se forma como resultado da combustão incompleta de materiais orgânicos, como combustíveis fósseis (carvão, petróleo) e biomassa (madeira, resíduos agrícolas).
Quando esses materiais não queimam completamente, em vez de se transformarem inteiramente em dióxido de carbono e vapor de água, eles produzem partículas finas de carbono preto e outros compostos.
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Essas partículas são extremamente pequenas, com diâmetros na escala de nanômetros a micrômetros, o que lhes permite permanecer suspensas no ar por longos períodos e viajar grandes distâncias.
Fuligem e chuva preta estão intimamente relacionados. A chuva preta é um fenômeno que ocorre quando a fuligem e outras partículas contaminantes presentes na atmosfera se misturam com a umidade e precipitam sob a forma de chuva.
Não critique o fenômeno ou você poderá ser acusado, no mínimo, de racismo ‘fumaçal’. Culpar Bolsonaro, no entanto, continua liberado.