O presidente iraniano Masoud Pezeshkian condenou os ataques realizados por Israel contra a capital do país e afirmou que o Irã dará uma resposta legítima e enérgica, capaz de fazer o “inimigo se arrepender de sua ação insensata”. Em mensagem divulgada nesta sexta-feira, 13, Pezeshkian declarou que “o Irã não permanecerá em silêncio diante deste crime”.
Segundo o comunicado, a ofensiva de Israel resultou na morte de civis e de figuras de destaque das Forças Armadas do Irã, como o general Mohammad Baqeri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária.
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Em tom firme, o presidente afirmou que “a resposta legítima e poderosa da República Islâmica fará o inimigo se arrepender de sua ação tola”. Pezeshkian disse confiar que, com esse espírito e o “apoio divino”, será dada uma resposta “forte, sábia e firme” aos atos do regime israelense.
O presidente classificou o ataque como uma violação de compromissos internacionais e acusou Israel de agir com base em “ocupação, agressão e assassinato de crianças”. Ele declarou que os eventos recentes confirmam “a natureza criminosa do regime sionista ilegítimo”.
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Em referência ao fundador da República Islâmica, Ayatollah Khomeini, Pezeshkian citou: “Sempre que uma bandeira cai da mão poderosa de um comandante, outro comandante a erguerá e entrará no campo de batalha”.
A presidência iraniana também divulgou uma nota oficial em que reitera que o país “vingará o sangue de cada indivíduo morto nos ataques israelenses” e que “com um regime selvagem como esse, não se deve falar senão na linguagem da força”.
Segundo o comunicado, o governo iraniano começou “as medidas defensivas, políticas e legais necessárias para fazer Israel se arrepender” e garantiu que “os israelenses não terão um momento de descanso”. O texto ressalta que “o mundo agora compreende melhor a insistência do Irã em seu direito ao enriquecimento nuclear, à tecnologia e ao poder de mísseis”.

A nota reforça ainda que “o Irã, nos últimos 200 anos, jamais iniciou uma guerra”, mas que “não hesitará nem por um instante em se defender”. A mensagem termina com uma advertência: “O desfecho dessa história será escrito pelo Irã”.
Imagens divulgadas pela imprensa estatal iraniana mostraram edifícios residenciais danificados em diversos pontos de Teerã. Testemunhas relataram a presença de corpos de mulheres e crianças entre as vítimas.
Fontes oficiais confirmaram que, além de militares, também foram mortos cientistas nucleares e outros civis. As Forças Armadas do Irã estão, segundo o governo, em fase de preparação para a resposta. O comando do país classificou os ataques como “crimes que não ficarão impunes”.
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