A reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados desta quarta-feira, 2, foi marcada por gritaria, bate-boca e acusações. O colegiado analisa o processo que pede a cassação do parlamentar Glauber Braga (Psol-RJ).
O relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), deu um parecer pela cassação do mandato do psolista. No episódio que motivou a ação, Glauber Braga agrediu Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).
Na ocasião, o psolista agrediu Costenaro com chutes, além de ter tentado bater no deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), coordenador nacional do MBL. Durante o processo no Conselho de Ética, o psolista alegou “legítima defesa”.
Ao ler seu parecer, Paulo Magalhães descartou a tese do psolista. O relator afirmou que as agressões contra Costenaro foram “injustificadas” e “desproporcionais”.
O parlamentar declarou que “não é de hoje” que o membro do Psol tem uma conduta “incompatível com o compoartamento esperado de um parlamentar” e que tem “ultraado todos os limiteres”. “Não é de hoje que vem agindo com total desrespeito a essa Casa e seus parlamentares.”
+ Caso Glauber Braga: relator pede cassação do mandato do psolista
Durante a leitura do parecer, a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), que é mulher de Glauber Braga, chamou o relator de “desgraçado”. A parlamentar foi repreendida pelo presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA).
Lomanto Júnior ainda teve que pedir a colaboração dos militantes e parlamentares esquerdistas no plenário, que aram a sessão atacando Magalhães, chamando-o de “bandido” e “comprado”.

Glauber Braga ataca relator
No seu discurso, o brigão do Psol teceu inúmeres críticas a Paulo Magalhães. Acusou o colega de Casa de ter apresentado um parecer que teria sido “escrito” pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
“Quem de fato escreveu o relatório nem disfarçou”, iniciou o psolista. “O que eu disse naquele dia, deputado [Paulo Magalhães], e o que eu repito aqui no dia de hoje, é que quem escreveu o seu relatório foi o senhor Arthur Lira.”
O membro do Psol disse que ia “provar” a tese de que Lira teria escrito o relatório. “Vou trazer elementos objetivos que demonstram que o seu relatório já estava comprado”, afirmou. “Previamente comprado.”
Glauber, no entanto, não apontou evidências das suas acusações. O discurso foi focado em como agrediu Costenaro, em “defesa da honra de minha mãe”, o que seria uma “obrigação de vida”.
Relator rebate acusações
Indagado por Oeste sobre as acusações feitas pelo brigão do Psol, relator, Paulo Magalhães, criticou o psolista. “O poder de criatividade do deputado Glauber é muito grande”, afirmou o relator. “Ele cria as coisas e a para a plateia conforme o aplauso que recebe.”
“Busquei pesquisar o comportamento dele nas comissões, no tratamento com os colegas, e fui com uma equidade, um cuidado muito grande”, prosseguiu Magalhães. “Porque volto a dizer, eu não estou aqui para caçar colega. Essa é uma situação extremamente delicada para mim e desconfortável. Agora está na mão do conselho. O conselho é que vai votar. Essa preocupação dele [Glauber], esse desespero, é que ele já prevê o resultado das evidências do que eu coloquei.”
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Penabunda desse traste inútil como todo o psolista
Se forem cassar a Zambelli, que cassem então o brigão psolista, que é MUITO pior! Pau que dá em Chico dá em Francisco também.
“CASSAR”, refere-se a mandatos