O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), não respondeu a uma demanda da Revista Oeste sobre a liberação das imagens do Aeroporto de Roma, onde Alexandre de Moraes, seu filho Alexandre Barci e a família Mantovani se envolveram em um tumulto.
A confusão ocorreu em 14 de julho de 2023 e se arrastava sem aparente conclusão.
Na tarde de ontem, Toffoli arquivou o processo, depois de os Mantovanis enviarem uma carta de retratação a Moraes.
A coluna fez o pedido a respeito da publicação do vídeo logo na sequência, mas não obteve retorno. Na manhã desta terça-feira, 3, a reportagem reiterou o pedido, porém, o gabinete não quis se posicionar.
Laudo publicado por Oeste mostra que o filho de Alexandre de Moraes agrediu empresário em aeroporto
Em agosto deste ano, Oeste revelou com exclusividade um laudo assinado pelo perito Ricardo Molina, contratado pelos Mantovanis.
Conforme o documento, Barci deu um “tapa na nuca” do empresário Roberto Mantovani.
“Na forma como as imagens 59-61 foram apresentadas no relatório nº 004/23 tem-se uma ideia falsa do que realmente ocorreu”, observou o perito, no documento. “Assistindo o vídeo diretamente, constatou-se que uma cena anterior às mostradas nas imagens 59-61 foi suprimida. Tal cena, de extrema importância, mostra uma agressão praticada por Alexandre Barci contra Roberto Mantovani, consistindo em um tapa na nuca. Houve, portanto, uma agressão anterior ao gesto de Roberto Mantovani, o qual, nas imagens de vídeo levanta o braço em movimento instintivo de defesa, resvalando nos óculos de Alexandre Barci.”
Há pouco mais de um ano, os Mantovanis foram acusados por Moraes de terem agredido Barci.
Leia também: “O segredo do Aeroporto de Roma”, reportagem publicada na Edição 217 da Revista Oeste
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Os brasileiros querem ver as imagens do Aeroporto de Roma. Os brasileiros também querem ver as imagens do 8 de janeiro, que sumiram, misteriosamente? As imagens revelariam os fatos em si. Revelariam que Moraes chamou um membro da família, que ele acusou, de “bandido” Revelariam do 8 de janeiro os verdadeiros baderneiros, os quebradores, para individualmente serem julgados e punidos. Mas essa medida não sustentaria a versão de golpe. Essa medida, poderia até comprometer eventuais infiltrados e financiados pelo “poder”.
Imagens do 8 de janeiro que estranhamente sumiram. Imagens que seriam provas dos baderneiros, talvez, infiltrados, financiados, que não interessa aos criadores da narrativa de golpe. Imagens do Aeroporto de Roma, também, tornadas iníveis. Pressão sobre a família para se desculpar e deixar numa boa àquele que mandou a PF bater na porte dos acusados como se fossem criminosos. Abuso de poder e descrédito cada vez maior à mais alta corte recursal.
Retratação? vamos fazer de conta que acreditamos, né. Vamos procurar saber quem rascunhou essa carta?