O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) questionou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando-a como carente de provas concretas. Ele alerta para a possibilidade de viés no julgamento, caso o processo não seja analisado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-ministro do Meio Ambiente afirmou que a denúncia da PGR carece de fundamentos sólidos. “Ela se apoia muito mais em interpretações e conjecturas futuras do que, efetivamente, em dados e informações colhidas”, disse. Para ele, um julgamento imparcial impediria o avanço do caso.
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A principal preocupação do deputado é a tramitação do processo no STF. Ele afirma que a ação deve ser julgada pelo plenário, e não apenas pela 1ª Turma. Segundo Salles, ministros que não integram essa turma já manifestaram insatisfação com a restrição do julgamento a um grupo reduzido de magistrados.
Salles considera “inadequado” que o caso seja decidido por um grupo reduzido de ministros
Ele argumenta que a escolha do foro de julgamento será um indicativo da imparcialidade da Suprema Corte. Se o caso for mantido na 1ª Turma, ele vê uma estratégia para reduzir divergências nos votos. “Manter o julgamento na 1ª Turma é, claramente, uma tentativa de minimizar eventuais riscos de votos divergentes, pois a 1ª Turma é mais homogênea e menos favorável ao Bolsonaro”, observou.
Salles ressalta que, por causa da relevância do processo, o julgamento deveria ocorrer no plenário do STF. Ele considera inadequado que um caso dessa magnitude seja decidido por um grupo reduzido de ministros.
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