O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ou 19 dos seus cem primeiros dias de mandato afastado para cumprir agendas internacionais. Ele participou de três viagens oficiais ao lado de Lula, todas com custos autorizados pelo plenário do Senado, e atualmente está na China, com retorno previsto para a próxima quarta-feira, 14.
As três viagens oficiais de Alcolumbre custaram R$ 38,41 mil aos cofres públicos, com a concessão de 21 meias-diárias, que não incluem hospedagem. Em todas as ocasiões, ele usou aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).
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As viagens aconteceram entre março e maio. Os valores foram distribuídos da seguinte forma:
- R$ 16,46 mil na viagem para o Japão e Vietnã;
- R$ 5,52 mil na viagem para o Vaticano;
- R$ 16,43 mil na viagem para a Rússia e a China, ainda em andamento.
Em março, Alcolumbre foi ao Japão e ao Vietnã
De 22 a 29 de março, Alcolumbre integrou a comitiva presidencial em visita ao Japão e ao Vietnã, em um total de nove dias de afastamento, segundo o levantamento do portal Poder360. Também participaram o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e os ex-presidentes do Congresso Rodrigo Pacheco (PSD-RJ) e Arthur Lira (PP-AL).
A agenda visava a ampliar a exportação de carne brasileira para o mercado asiático. De volta ao Brasil, Alcolumbre pautou e aprovou o projeto da reciprocidade diante da ameaça de tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O senador também recebeu Lula em um jantar com líderes no Senado e articulou a indicação, posteriormente frustrada, de Pedro Lucas para o Ministério das Comunicações, diante da saída de Juscelino Filho.
Acompanho, em Roma, da cerimônia de despedida do Papa Francisco, ao lado da comitiva oficial brasileira, liderada pelo presidente @LulaOficial.
— Davi Alcolumbre (@davialcolumbre) April 25, 2025
Como primeiro presidente judeu do Congresso, é uma honra representar o Parlamento brasileiro neste momento de homenagem. pic.twitter.com/WTGJJjqYJk
Presidente do Senado esteve no funeral do papa
No fim de abril, Alcolumbre integrou a delegação brasileira que esteve no funeral do papa Francisco, no Vaticano. A cerimônia, realizada em 26 de abril, também contou com a presença de Hugo Motta e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. A viagem durou três dias.
Durante a viagem à Itália, a cúpula do Congresso ou a articular um projeto alternativo para a anistia dos condenados pelo 8 de janeiro — pauta central da oposição ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O texto da proposta ainda não foi apresentado.
Viagem à Rússia e China ainda não terminou
Na véspera do feriado de 1º de maio, o Senado aprovou um novo afastamento de Alcolumbre, por nove dias. Dessa vez, para integrar a comitiva de Lula à Rússia e à China. A comitiva embarcou na última terça-feira, 6, de Brasília.
Em Moscou, Alcolumbre participou das comemorações dos 80 anos do Dia da Vitória, que marca a vitória dos Aliados contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra. Em suas redes sociais, o senador destacou a data como pessoalmente importante, por ele por ser o primeiro presidente do Senado judeu.
“A vitória dos Aliados não foi apenas o fim de uma guerra”, escreveu. “Foi o fim de um plano que tentou apagar uma história e uma identidade.” Alcolumbre mencionou os 6 milhões de judeus mortos no Holocausto.
Com o término da agenda na Rússia, a comitiva segue para a China, onde vai participar do quarto fórum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos com a China e de uma reunião bilateral com o líder chinês, Xi Jinping, em meio à tensão comercial com os EUA.
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