O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o que chamou de “uma eventual guerra comercial” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os Estados Unidos.
Em publicação no X, nesta quarta-feira, 2, o ex-presidente afirmou que “essa não é uma estratégia inteligente”.
Bolsonaro se referiu à resposta de Lula em relação ao plano de Trump para impor novas tarifas a países considerados desleais nos acordos com os EUA. O Brasil está entre os principais alvos. O republicano batizou a medida de “Dia da Libertação”.
Em resposta ao anúncio do presidente norte-americano, Lula enviou um alerta formal ao governo dos EUA e sinalizou que pode recorrer à Organização Mundial do Comércio. Durante visita ao Japão, o petista não descartou retaliações ao dizer que não vai aceitar “que eles imponham tarifas”.
“Mentalidade socialista”
Para Bolsonaro, a única resposta razoável de Lula à medida de Trump seria “extinguir a mentalidade socialista que impõe grandes tarifas aos produtos norte-americanos”. “Isso inviabiliza o povo brasileiro de ter o a produtos de qualidade mais baratos”, disse.
De acordo com Bolsonaro, Trump impõe as tarifas para proteger os EUA do “vírus socialista”. O ex-chefe do Executivo ainda afirmou que “dobrar a aposta e escalar a crise com nosso segundo maior parceiro comercial não é uma resposta sábia”.
Medidas do governo Bolsonaro
Bolsonaro lembrou que, em seu governo, reduziu tributos de mais de 4 mil itens, o que resultou em arrecadação recorde aos cofres públicos do Brasil.
O impacto da ação de Trump pode ser profundo no Brasil. Especialistas preveem desaceleração no Produto Interno Bruto (PIB), pressão inflacionária e dificuldade para reduzir a taxa Selic.
Além disso, a entrada de dólares no Brasil pode cair. O real deve perder o valor. Com isso, o Banco Central ficaria com menos margem para baixar os juros.
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A posição do Brasil é considerada vulnerável. O país lidera a lista de nações com tarifas mais altas. Um memorando divulgado em fevereiro mostrou que o etanol norte-americano paga 18% para entrar no Brasil, enquanto o produto brasileiro é taxado em apenas 2,5% nos EUA.
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