As centrais sindicais realizam, nesta terça-feira, 29, marcha em direção a Brasília, relata a Folha de S.Paulo. O destino é a Praça dos Três Poderes, onde a cúpula das entidades vai entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um documento com as principais reivindicações da classe trabalhadora. Entre as exigências estão a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e o fim da escala 6×1.
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Os debates, desde 9 de abril, definiram uma pauta de 26 pontos. O documento engloba ainda temas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, um projeto que já tramita no Congresso por iniciativa do governo.
A demanda também resgata a bandeira da “igualdade salarial entre homens e mulheres”, amparada pela CLT e por uma lei sancionada em julho de 2023. Complementam as demandas o “fim da carestia e menos juros, mais empregos”.
Em São Paulo, o Dia do Trabalhador, em 1º de maio, terá um ato unificado na Praça Campo de Bagatelle, zona norte da capital paulista. Para este ano, o lema será “Por um Brasil mais justo: Solidário, Democrático, Soberano e Sustentável”.
No local, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Intersindical e Pública deverão unir forças com a meta de superar o público modesto registrado em 2024.
A CUT participa como convidada e as outras centrais, como organizadoras. No 1º de Maio de 2024, realizado na Neo Química Arena, em Itaquera, a baixa adesão de trabalhadores gerou um incômodo em Lula, que deu uma “bronca” pública no ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo (PT).
Centrais sindicais querem evitar novo fiasco
A presença do presidente no evento paulistano ainda é incerta. Bastidores revelam que o presidente só compareceria ao ato das centrais se houvesse a possibilidade de seguir para o evento organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, seu berço político. No entanto, o desgaste físico, depois uma recente viagem internacional, para o funeral do papa Francisco, seria um fator limitante.
Para atrair um grande público em São Paulo, e evitar novo fiasco, a organização preparou o sorteio de dez veículos Polo Track zero-quilômetro, da Volkswagen. O evento terá início às 9h.
Os discursos, incluindo a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, deputados e presidentes de sindicatos, estão previstos para ocorrerem entre 11h e 13h.
Marinho também vai participar de evento do ABC, que retoma as festividades de 1º de Maio depois de nove anos de ausência, motivada pela prisão de Lula e pela pandemia de covid-19. A festa no Paço Municipal de São Bernardo, na Praça Samuel Sabatini, ocorrerá das 10h às 18h e terá como “entrada solidária” a doação de 2 quilos de alimentos não perecíveis.
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Foram confirmados os shows de Fernando e Sorocaba, Edson e Hudson, Grupo Pixote, Marília Tavares, Thaeme & Thiago, Thales Lessa, Sampa Crew, Fátima Leão, Nando Moreno e Gustavo Moura & Rafael.
O comentário é que a divisão na organização, com a CUT apenas como convidada, teria ocorrido devido à reedição dos sorteios de carro, que historicamente atraíam multidões à Praça Campo de Bagatelle. Oficialmente, a CUT nega qualquer divergência. Relata que seus debates internos priorizaram outras pautas para os trabalhadores.
Ricardo Patah, presidente da UGT e também do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, afirmou que, “na prática, nada mudou e todos estão juntos na organização”. Para o sindicalista, a redução da jornada é “essencial”, mesmo que a mudança inicial seja de 44 para 40 horas semanais. Patah enfatiza que “a mudança na escala 6×1 é a alma de todas as bandeiras”.
Comunistas de meia tigela sorteando carros comprados com dinheiro arrancado dos trabalhadores para encher suas manifestações grotescas enfeitadas de bandeiras vermelhas. Afinal, quem vai às manifestações para ver se ganha um carro não estará lá para apoiar as idiotices que eles querem vender.