A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, nesta segunda-feira, 9, ao Supremo Tribunal Federal (STF), contém mentiras. O advogado Celso Vilardi afirmou que Cid apresenta “memória absolutamente seletiva” e que ele esquece parte dos eventos e lembra apenas de outros.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
A defesa contestou relatos feitos por Mauro Cid à Polícia Federal (PF) sobre uma reunião entre Bolsonaro e empresários. Vilardi afirmou que esse encontro jamais ocorreu e alegou não haver registro de entrada no Palácio do Planalto, nem menção na agenda oficial.
“A reunião com os empresários nunca aconteceu, eles não entraram no Planalto, ele está fazendo uma narrativa de uma reunião que não existiu”, afirmou a defesa de Bolsonaro. “Então assim, é dessa pessoa que estamos na mão. Não [consta] entrada no Palácio, não está na agenda, não tem como ter tido. E aí ele narra para um general do Exército que teve reunião. É mentira, não teve reunião.”
Depoimentos de Cid e defesa de Bolsonaro

Na audiência, o advogado reproduziu um áudio encontrado pela Polícia Federal, no qual Mauro Cid relata que empresários pressionaram Bolsonaro para reverter o resultado das eleições de 2022. Indagado sobre o destinatário da mensagem, Cid afirmou “não se lembrar”, de modo a sugerir que poderia ser o general Freire Gomes.
Conforme essa gravação, o suposto encontro teria ocorrido em 7 de novembro de 2022. Entre os presentes, estariam o fundador da Tecnisa, Meyer Nigri, e o proprietário da Havan, Luciano Hang.
Leia também: “Censura é liberdade”, artigo de Alexandre Garcia publicado na Edição 272 da Revista Oeste
Vilardi sustentou que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro apresenta contradições em todos os depoimentos e evita responder a perguntas mais incisivas. Ainda assim, avaliou que o depoimento recente foi “extremamente positivo” para a defesa.
“É essa pessoa que é o delator dessa ação penal”, afirmou. “Uma pessoa que mente num diálogo com um general. Então assim, é fácil depor quando você tem uma memória seletiva, você fala, eu lembro disso e disso. Aí quando você entra para perguntar para ele contradições, ele fala ‘esqueci’. Está lotado de contradições, desde o primeiro depoimento, esse é o sétimo depoimento, de novo diferente, não tem um depoimento idêntico.”
Incrível!!! Ele lembra que guardou a caixa de vinhos com $$$ bem escondidinha debaixo da própria mesa para ninguém ver, mas não lembra onde recebeu a caixa… Na garagem? No elevador? Na sala de um auxiliar? Qualé, Cidinho?
Carta de um Brigadeiro
Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam uma guerra!
Hoje perdemos a maior delas!
Perdemos nossa Coragem!
Perdemos nossa Honra!
Perdemos nossa Lealdade!
Não cumprimos com o nosso Dever!
Perdemos a nossa Pátria!
Eu estou com vergonha de ser militar!
Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou, sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas, e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.
Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger!
Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo.
Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda mais as coisas.
Joguem todas as nossas canções no lixo!
A partir de hoje, só representam mentiras!
Como disse Churchill:
“Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.”
E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente.
A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como traidores.
Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu inclusive.
Generais não serão mais representantes de suas tropas.
Perderão o respeito dos honestos.
As tropas se insubordinarão, e com toda razão.
Os generais pagarão caro por essa deslealdade.
Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas urnas.
Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude!
Mas outros, civis, conseguiram!
A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam, Manés!
E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF, que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não aconteceu?
E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo?
Isso também não aconteceu?
Onde está a defesa dos poderes constitucionais?
Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência a um ladrão?
Será que os generais são incapazes de enxergar que, validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder, assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?
NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!
A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que asseguram o governo ditatorial.
O povo nunca perdoou os traidores nem os burros.
Não vai ser agora que irão.
Ah, sim, generais:
Entrarão para a História!
Pela mesma porta que entrou Calabar.
QUE VERGONHA!
Assina:
Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini