A defesa de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, informou, nesta sexta-feira, 28, que ele está atualmente na Argentina. Trata-se de uma resposta ao pedido de esclarecimento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última quinta-feira, 27, Moraes determinou que a defesa esclarecesse, em 48 horas, a notícia de que ele teria “se evadido do país”. O ministro é relator do processo em que Leonardo é réu por participação nos protestos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A advogada de Léo índio anexou à resposta enviada ao STF o certificado de permissão para residência temporária na Argentina, em que consta que ele está em Puerto Iguazú. A cidade fica na Província de Missões e fica na fronteira com Brasil, pelo Estado do Paraná.
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O documento, válido até o dia 4 de junho de 2025, descreve que ele tem permissão para morar, desempenhar tarefas remuneradas, estudar e ar serviços públicos.
Léo Índio se manifesta
Em entrevista a um portal de notícias do interior paranaense nesta sexta-feira, 28, Léo Índio criticou a imprensa e ironizou comentários de que teria fugido. “No meu caso, eu sou réu, não houve julgamento, não houve condenação e ainda tenho meu direito de ir e vir”, afirmou. “Posso ter vindo comprar alfajor, posso ter vindo fazer um monte de coisa.”
Na quarta-feira 26, ele havia dito a uma emissora de rádio do Paraná que, em carta apresentada à Comisión Nacional para los Refugiados, listou como motivos para sua entrada na Argentina “perseguição política e perseguições causadas pelo STF”.
Também relatou ter medo de ser preso ao se apresentar às autoridades do país vizinho para renovar sua permissão de estadia. Na ocasião, ele reclamou da “demora” para a aprovação do projeto de lei que visa anistiar os condenados pelo 8 de janeiro. Em um de seus perfis no Instagram, ele usa uma foto com o dizer “outlaw” (fora da lei).
Léo Índio, que se descreve nas redes sociais como “sobrinho do Bolsonaro”, é filho de uma irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher do ex-presidente da República e mãe de Flávio, Carlos e Eduardo. Por duas vezes, ele tentou ingressar na vida pública, em 2022 e 2024, mas não teve votos suficientes para se eleger.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
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