Ministros exibem celulares a Lula depois de vazamento sobre Janja

Durante o retorno da China, presidente recusou-se a checar aparelhos, mas deixou claro que não tolerará novos ruídos internos

16 maio 2025 - 14h40 | 2min de leitura

Ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Lula recorreram a uma medida inusitada para provar fidelidade ao petista depois do vazamento de informações sobre a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. O portal Metrópoles divulgou as informações nesta quinta-feira, 15.

Ainda durante o voo de retorno da China, alguns deles sacaram os celulares e ofereceram espontaneamente os aparelhos a Lula como forma de mostrar que não rearam nada à imprensa.

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Carlos Fávaro, da Agricultura, e Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, lideraram o movimento. Lula, no entanto, recusou-se a checar qualquer aparelho e demonstrou desconforto com a situação.

Outros integrantes do governo, como Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, lembraram que nem sequer estavam presentes no jantar.

Rui Costa, ministro da Casa Civil, não se manifestou. De acordo com o Metrópoles, nos bastidores, ele é visto por auxiliares como um dos possíveis autores do vazamento.

O episódio reacendeu o alerta dentro do governo sobre vazamentos à imprensa. Desde janeiro, Sidônio Palmeira, chefe da Secretaria de Comunicação, tenta conter o hábito de ministros e assessores fornecerem informações sob anonimato.

Janja causa mal-estar ao questionar ditador em jantar na China

A tensão começou na China, quando Lula reagiu publicamente à reportagem da colunista Andreia Sadi, no g1, que revelou o suposto constrangimento causado por Janja ao questionar Xi Jinping sobre a atuação do TikTok.

Segundo ministros presentes no jantar, Janja teria criticado o algoritmo do aplicativo diante do líder comunista, alegando que a plataforma favorece conteúdos de direita.

Jornalistas do g1 relataram que o comentário deixou Xi Jinping visivelmente constrangido. Em resposta, o líder afirmou que o Brasil tem liberdade para banir ou regulamentar o TikTok, se assim o desejar.

À CNN Brasil, Janja atribuiu a uma “amplificação da misoginia” o mal-estar causado por sua fala. Para ela, há “machismo e misoginia da parte de quem presenciou a reunião e reou de maneira distorcida o que aconteceu”.