Caetano Veloso e Gabriel Galípolo | Foto: Montagem Revista Oeste/Wikimedia Commons/Lula Marques/Agência Brasil/Shutterstock
Edição 256

A poética do Copom

Segundo nossa projeção exclusiva, após a imersão tropicalista da política monetária, os juros cairão no Brasil

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, conversou com o compositor Caetano Veloso sobre a taxa de juros. Eles concordaram que elaborar a ata do Copom é a arte de escolher palavras. “É como fazer poesia”, concluiu o compositor.

Com base nessa conversa decisiva na cobertura duplex da economia nacional, vamos projetar, com exclusividade, os termos da próxima ata do Copom:

“Gosto muito de te ver, leãozinho, caminhando sob o sol. Tua pele e tua luz baixam os juros.

Para desentristecer, leãozinho, o meu coração tão só, basta o Lula pôr a culpa no vizinho.

Um filhote de leão, raio da manhã. Elevando o meu IR como um ímã. A Receita Federal vai pegar geral. Deixando o contribuinte ao léu.

Foto: Shutterstock

Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando ouço o Haddad desmentindo a inflação. Mas é que Narciso acha feio se alguém mete o bedelho. Porque é o avesso do avesso da queda do preço.

Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel. Uma vermelha estrela-guia levou tudo que é seu. Esfolando a plebe com a imprensa marrom — do meu bolso cuido eu espalhou que o mal é bom e o bem, cruel.”

E conclui a ata do Copom, que estamos projetando com exclusividade a partir do encontro entre o BC e a MPB:

“Caminhando contra o vento, sem lei e sem regimento, atrás do meu pagamento eu vou. Eu tomo uma Coca-Cola, ela pensa em dez por cento, a Selic eu não aumento. Amor, não vou. Porque não! Porque não!”

Aí está então a boa notícia. Segundo nossa projeção exclusiva, após a imersão tropicalista da política monetária, os juros cairão no Brasil. Viva a poesia! Viva o amor!

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16 comentários
  1. Manfredo Rosa
    Manfredo Rosa

    A desgraça da conjunção, do encontro nefasto,de duas artes: da enganação na música, do equilibrismo e prestidigitaçào na economia.

  2. Manfredo Rosa
    Manfredo Rosa

    Em outros encontros de cúpula podetiam cantar: “hojevocê é quem manda falou, tá falado”.

  3. Oswaldo Galvão Carvalho
    Oswaldo Galvão Carvalho

    o Brasil do Llulladrão / Llullarápio / Llullallau é piada pronta e pronto.
    vamos dar tempo ao Galípolo … tempo que não temos.
    os gastos “explodiram” …. nunca na história deste país tanta gente roubou como rouba agora.
    os contratos ilícitos e ilegais de “milhões e milhões” (que dá bilhões) …. estão correndo a solta.
    estão assaltando os cofres públicos (versão 2023-2026) inclusíve das estatais.
    pobre e podre Brasil.!

  4. Francisco de Assis
    Francisco de Assis

    Há que ponto chegou o presidente do BC. Sinto que chegou ao fundo do poço. Que falta de responsabilidade para com a décima economia do mundo. Galipolo ir buscar junto ao caetano veloso sugestões poéticas para anunciar subidas da taxa Celic, é o fim do fim do poço.

  5. MB
    MB

    Kkkkkk👏👏👏👏 ganhei o ano de 2025. Esse é o Fiuzaço ! Obrigado brow !

  6. nelson jorge leite
    nelson jorge leite

    kkkkkkkkkkkkkkkkkk espetacular……!!! não tem jeito……..com esse desgoverno , é só no deboche…….

  7. José Ângelo
    José Ângelo

    Eleições LEGUSLATIVAS e auditáveus, esta a única pauta que nos salva!

  8. Carmine Antônio Mattioli
    Carmine Antônio Mattioli

    É CARO FIUZA TEM ESCONDER ESSAS BARBARIDADES DEBAIXO DOS CARACÓIS,VERGONHA PURA.

  9. Lenart Palmeira do Nascimento Filho
    Lenart Palmeira do Nascimento Filho

    A próxima ata do BACEN vai ser assim. Ou não.

  10. Maq C0
    Maq C0

    Fiuza sendo Fiuza !!! Parabéns Fiuza ! Desmascare mais e mais !

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