Estudos recentes sugerem que o café, além de ser uma bebida popular nas manhãs dos brasileiros, pode ter um impacto positivo significativo na saúde mental. Quando consumido com moderação, ele funciona como um estimulante eficaz para o desempenho cognitivo e o equilíbrio emocional.
Pesquisas mostram que os mecanismos neuroquímicos fazem do café um aliado não apenas para quem busca mais energia, mas também para melhorar a memória e o humor. A cafeína, presente na bebida, atua como um “impostor”, pois ocupa no cérebro os receptores de adenosina, que sinalizam o cansaço.
Sem essa sinalização, os neurônios aumentam sua atividade e liberam neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e acetilcolina. Isso resulta em maior clareza mental, reflexos mais rápidos e foco aguçado em tarefas de curta duração.
No entanto, é essencial lembrar que o consumo excessivo pode provocar reações adversas. Pessoas com hipertensão, histórico de convulsões ou problemas cardíacos devem procurar orientação médica para definir a dosagem ideal.
Estudos comprovam eficácia da cafeína na memória
De acordo com um estudo publicado no jornal científico Nature Neuroscience, participantes que consumiram café depois de aprender uma lista de palavras tiveram uma melhora de 25% na recordação das informações no dia seguinte. Isso sugere que a cafeína atua como um “lacrador” adicional de memória.
+ Leia mais notícias de Saúde em Oeste
Além disso, a combinação de café com chá verde pode induzir um estado de “alerta relaxado”, de modo a permitir foco sem a agitação, associada ao café puro. A L-teanina, presente no chá, suaviza o superestímulo e ajuda a manter a calma.
O café e as doenças neurodegenerativas

O consumo de três a cinco xícaras diárias de café, durante a meia-idade, está associado a um menor declínio cognitivo em fases avançadas da vida, segundo pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease. Estudos mostram que o consumo regular pode reduzir o risco de Alzheimer e Parkinson em até 30%.
A cafeína possui propriedades antioxidantes e ajuda a prevenir a formação de placas que comprometem a memória em doenças neurodegenerativas. O café também ativa circuitos de recompensa no cérebro, de modo a elevar níveis de dopamina e serotonina. Isso aumenta a motivação e a sensação de bem-estar.
Além disso, há uma relação inversa entre o consumo diário de café e episódios depressivos, o que sugere que a cafeína pode ser um possível aliado no combate à depressão. Para maximizar os benefícios sem exagero, recomenda-se uma dose de 100 mg a 200 mg por vez, equivalente a uma ou duas xícaras.
O período ideal para o consumo é entre 9h e 15h, para acompanhar o pico natural de cortisol e evitar interferências no sono noturno. Pausas estratégicas, como uma semana de descanso mensal, mantêm a eficácia da cafeína. Combinações como café com óleo MCT ou chá verde podem prolongar os efeitos e reduzir picos.
Leia também: “Lula deixa a safra sem plano”, reportagem de Artur Piva publicada na Edição 259 da Revista Oeste
É importante que hipertensos, grávidas e pessoas com histórico de convulsões ou doenças cardíacas consultem profissionais de saúde antes de ajustar sua dose de café.
Entre ou assine para enviar um comentário. Ou cadastre-se gratuitamente
Você precisa de uma válida para enviar um comentário, faça um upgrade aqui.